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Título: Desenvolvimento das forças produtivas como condição para surgimento de relações sociais de produção solidárias: o caso da Cooperativa de Reciclagem de Ituiutaba-MG
Autor(es): Carvalho, Hilano José Rocha
Calixto, Flander de Almeida
Resumo: Este artigo tem por objetivo retomar a necessidade de desenvolvimento das forças produtivas nas cooperativas solidárias, visando a construção de condições favoráveis ao surgimento de relações sociais de produção solidárias, libertárias e emancipatórias. No caso das cooperativas populares, o baixo desenvolvimento das forças produtivas faz com que relações sociais de produção autoritárias e excludentes subsistam. Ao contrário, relações sociais de produção realmente democráticas só serão possíveis quando as forças produtivas estiverem desenvolvidas a um ponto tal que os cooperados terão "tempo livre" suficiente para participar mais ativamente das tomadas de decisão. Em consonância com tal tese, serão apresentadas experiências e metodologias exitosas de intervenção pedagogicamente ajustadas à realidade da cooperativa de reciclagem de Ituiutaba-MG (COPERCICLA), que vem possibilitando mudanças aceleradas nas condições materiais e sociais dos cooperados. A mudança tecnológica ocorrida na COPERCICLA com a aquisição de equipamentos tecnologicamente mais avançados e o assessoramento técnico e social proporcionado por engenheiros e assistentes sociais em Saúde, Ergonomia e Gestão da Produção têm levado ao aumento da produtividade do trabalho cooperado, com o consequente aumento da renda, simultaneamente ao cumprimento do papel solidário de inclusão sócio-produtiva, dado o aumento significativo da quantidade de cooperados, desde o início do processo de incubação, iniciado em 2010. Com a consequente melhoria das condições de renda, os cooperados estão conseguindo realizar mais necessidades. Há certo grau de autogestão na COPERCICLA, possuindo enorme vantagem em relação a empreendimentos sob relações de trabalho assalariado. No entanto, ainda persistem relações sociais de produção pouco participativas e democráticas. Daí ser necessário dar primazia à adequação ergonômica das forças produtivas, introduzindo mais pausas ao longo da jornada de trabalho, para permitir que os cooperados tornem-se realmente independentes. Tendo como objetivo a redução absoluta da jornada de trabalho, o desenvolvimento solidário das forças produtivas poderá então contribuir para o surgimento de processos de decisão autogestionários.
Data do documento: Ago-2014
URI: http://hdl.handle.net/11451/1105
Tipo: Trabalho em evento
Aparece nas coleções:CIISC - Artigos do Encontro Nacional Conhecimento e Tecnologia: Inclusão Socioeconômica de Catadores de Materiais Recicláveis

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